Em O casamento de Monalisa e Aleijadinho,
 de Elias José e ilustrações de Taisa Borges, conhecemos o gatinho 
Aleijadinho, que ganhou esse nome em homenagem a um famoso escultor 
mineiro, lá do século XVIII. Vamos conhecer um pouco mais da sua 
história?
Aleijadinho é como ficou conhecido Antônio Francisco Lisboa, que 
nasceu na cidade de Vila Rica (atualmente conhecida como Ouro Preto), em
 Minas Gerais, por volta do ano de 1730. Sua mãe era uma escrava, 
enquanto o pai trabalhava como mestre de obras. Foi a partir da 
convivência com o pai que ele aprendeu como se esculpia pedras e se 
mexia com as ferramentas.
Nas suas obras, ele utilizava madeira e pedra-sabão. Ele era tão 
talentoso que conseguiu criar um estilo próprio, pois misturava diversos
 elementos dos estilos da época. As suas esculturas hoje podem ser 
visitadas em algumas das cidades históricas de Minas Gerais.
Por volta dos 40 anos, Aleijadinho começou a desenvolver uma doença 
que fez com que ele perdesse o movimento dos pés e das mãos. Na verdade,
 seu apelido se deu justamente por essa condição de saúde. Aleijadinho 
pedia para um ajudante amarrar as ferramentas para que ele continuasse 
exercendo sua arte.
A doença influenciou também na obra de Aleijadinho. Antes, suas 
esculturas tinham um ar de serenidade e de equilíbrio que se perderam 
conforme ele ia ficando mais debilitado. Depois de doente, as obras 
ficaram mais góticas e sombrias, um reflexo de sua vida.
Lá na cidade de Congonhas do Campo, em Minas Gerais, dá para ver as 
12 esculturas que ele fez representando os 12 profetas. Elas são 
praticamente em tamanho real e levaram mais de 10 anos para ficarem 
prontas! As esculturas foram feitas quando Aleijadinho já estava com as 
mãos comprometidas. Imagina o trabalho que deu?

Obra de Aleijadinho em Congonhas do Campo
Uma curiosidade sobre sua vida é que ele também atuou como arquiteto.
 Desenhava o projeto e supervisionava a construção. Depois, era 
Aleijadinho que cuidava dos acabamentos e também talhava as portas e as 
imagens das igrejas.
Visitar as igrejas e as esculturas que encontramos em Minas é fazer 
um passeio aos tempos de Aleijadinho.
 
 
Ilustração do livro O Casamento de Monalisa e Aleijadinho

