SARANDI PR “DÍVIDA CONSOLIDADA” CRESCE 41,92% ENTRE 2014 A 2016

A dificuldade para pagar salários e honrar compromissos já levou pelo menos 62 municípios a decretar estado de calamidade financeira em 2016 – sendo 32 deles apenas neste mês de janeiro de 2017, segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM).

Esta “nova” realidade de “Ajustes Fiscais” e socorro orçamentário frente às quedas sucessivas em arrecadação tributária nos municípios acende a “luz amarela” na gestão pública em todo país, principalmente em Sarandi, também.

Atualmente, sabemos haver 82,3% dos municípios não estarem conseguindo saldar suas “Folhas de Pagamento”, onde para mais de 600 prefeitos, 2017 começou sem dinheiro do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) bloqueado por conta de Débitos Previdenciários.

Sarandi em 2015 teve sua “Capacidade de Endividamento” reduzida de R$ 15,5 Milhões para R$ 13,7 Milhões ou -12,26% em 2016, conforme CADIP – Sistema de Registro de Operações de Crédito com o Setor Público do Banco Central do Brasil.

Além do mais, o Governo Federal e Estadual desacelerou seus “Repasses de Ativos” à Sarandi reduzindo -6,74% no período estudado, isso representou R$ 6,90 Milhões a menos para 2016 e a previsão para 2017 já chega R$ 7,5 Milhões, conforme Portal da Transparência.

Indo um pouco mais “fundo” nos Indicadores Fiscais, avaliamos neste Editorial o progresso da “Dívida Consolidada” de Sarandi entre 2014 a 2016.

A mesma cresceu 41,92%, indo de R$ 16,4 Milhões para R$ 23,4 Milhões, segundo dados do SADIPEM – Sistema de Analise da Dívida Pública, Operações De Crédito, Dívidas Da União, Estado e Municípios.

Explicando. Dívida Consolidada, compreende o montante total das obrigações financeiras, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses, nos termos do art. 29 da LRF.

Todavia, Maringá foi a cidade estudada a sofrer maior elevação em sua “Dívida Consolidada” de 74,40%, saindo de R$ 129,7 Milhões em 2014 para incríveis R$ 226,2 Milhões no ano de 2016, Tabela Abaixo.

Enquanto, Campo Mourão foi a cidade pesquisada a conseguir “reduzir” suas “Dívidas” em -11,30% entre 2014 a 2015.

Portanto, diante das sistemáticas “quedas” de Repasses Federais, Estaduais e Municipais neste últimos dois anos irá exigir muito mais “capacidade de gestão” de nossos estreantes gestores.

Enfim, reverter a lógica do “gastar muito, gastar mal” e impor o esquecido princípio da economicidade na administração pública através do “…menos…é mais” serão o desafio comum para manter a máquina pública funcionando e servindo ao povo.

Editorial Por

Dr Allan Marcio